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Formação-ação reforça PME do turismo e da economia digital 

Mais de 500 trabalhadores qualificados em contexto real e 63 empresas transformadas com apoio do COMPETE 2020. 

30 de Abril 2025 | Notícias

Mais de 500 trabalhadores qualificados em contexto real e 63 empresas transformadas com apoio do COMPETE 2020. 

Competitividade, resiliência e inovação. Estes foram os pilares do projeto de formação-ação promovido pela APE – Associação Portuguesa de Empreendedores, cofinanciado pelo COMPETE 2020. 

Entre novembro de 2019 e junho de 2023, 63 PME participaram numa intervenção que combinou formação e consultoria especializada. O objetivo: capacitar pessoas e organizações para enfrentar os desafios impostos pela pandemia e para acelerar a transição digital e a modernização da gestão. 

Formação prática e adaptada à realidade de cada empresa 

O projeto foi dividido em cinco ciclos: um para microempresas e quatro temáticos e de planeamento focados em empresas turísticas e da economia digital. No total, foram realizadas 4.067 horas de formação e 4.812 horas de consultoria. Participaram 522 trabalhadores. 

A metodologia prática, adaptada a cada empresa, permitiu aplicar os conhecimentos no terreno, com resultados visíveis. 

«Durante o projeto, foi possível identificar necessidades de melhorias em diversas áreas e fortalecer competências essenciais como liderança, comunicação, trabalho em equipa, entre outras», partilhou Andrea Leguisamo Daisson Ramos Correia, administradora do Grupo Hotéis Premium. 

A abordagem ajustada favoreceu o envolvimento dos colaboradores e contribuiu para alinhar as ações com os objetivos estratégicos das organizações. 

Pandemia obrigou a adaptar planos 

O projeto decorreu num contexto muito adverso, marcado pelas restrições e incertezas provocadas pela pandemia. Houve atrasos, dificuldades em manter turmas, absentismo elevado e até obstáculos na entrega de documentação. 

Ainda assim, os consultores e formadores conseguiram adaptar-se e manter a qualidade das intervenções. 

«O projeto permitiu às empresas do setor do Turismo ultrapassar uma situação muito delicada, tornando-as mais resilientes e mais preparadas para enfrentar todas as mudanças que se fizeram sentir após a pandemia», explicou Óscar Rodrigues, responsável pelo Departamento de Projetos da APE. 

O setor turístico, em particular, enfrentou grandes oscilações. Desde momentos de paragem total a fases de retoma acelerada, o ambiente instável dificultou a mobilização de novas empresas e a implementação das medidas previstas. 

Impacto direto na produtividade e na inovação 

O balanço final foi muito positivo. Todas as 63 empresas apoiadas implementaram planos de mudança, e os 522 trabalhadores envolvidos referem-se hoje mais aptos para inovar e gerir em ambientes exigentes. 

«Sem dúvida, este projeto contribuiu para uma cultura de melhoria contínua, estimulando a proatividade e a busca pela excelência», sublinha Andrea Correia, destacando também o profissionalismo e o compromisso das equipas envolvidas. 

Com um investimento de 407.440,17 euros, o projeto provou que a formação-ação é uma ferramenta eficaz para transformar empresas a partir das suas próprias necessidades, assegurando mudanças sustentáveis e com retorno imediato. 

«A formação-ação é uma medida valiosa que garante resultados imediatos e cristaliza as mudanças operadas nas empresas, porque assenta na aquisição efetiva de competências através da ação num contexto real da atividade corrente», conclui Óscar Rodrigues. 

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