Iluminação pública inteligente ao serviço de cidades mais conectadas

A operação SMARTLIGHT, promovida pela empresa FISOLA e cofinanciada pelo COMPETE 2030, propõe uma transformação profunda do conceito de iluminação pública, ao desenvolver uma nova geração de colunas inteligentes que aliam design, sustentabilidade e tecnologia de ponta. Trata-se de um projeto de Investigação e Desenvolvimento (I&D) que visa responder aos desafios urbanos contemporâneos, introduzindo soluções energeticamente eficientes, multifuncionais e integradas na paisagem urbana. 

“O projeto SMARTLIGHT, atualmente na fase de conclusão dos requisitos técnicos e funcionais, irá definir o futuro das colunas de iluminação inteligentes”, afirma Soraia Alves, responsável pela operação. 

O SMARTLIGHT surge como alternativa às colunas de iluminação tradicionais, cuja evolução ao longo dos séculos se limitou, em grande parte, à componente luminosa. Apesar das melhorias nas fontes de luz — como a substituição das lâmpadas de vapor de sódio por LEDs —, a estrutura física e a função base das colunas mantiveram-se praticamente inalteradas. O projeto pretende romper com esse modelo, criando colunas inteligentes com sensores multifunção e tecnologia de auto comissionamento, capazes de desempenhar múltiplas funções sem comprometer a harmonia visual do espaço público. 

A inovação do SMARTLIGHT reside na integração discreta de sensores e tecnologias, sem elementos salientes ou impactantes do ponto de vista estético. As colunas passam a desempenhar papéis adicionais, como a monitorização ambiental (qualidade do ar, humidade, pressão, etc.), videovigilância, comunicação urbana, carregamento de veículos elétricos, entre outros. Esta abordagem transforma as colunas em plataformas urbanas inteligentes, alinhadas com os princípios das smart cities. 

“Este novo protótipo de iluminação pública pretende ir muito além da luz ao integrar no sistema sensores multifuncionais, edge computing e soluções sustentáveis”, acrescenta Soraia Alves. 

Outro pilar do projeto é a eficiência energética. As novas colunas incorporam materiais compósitos ecológicos, iluminação LED, sensores de movimento e luminosidade e painéis solares, promovendo a autonomia energética e a redução da dependência da rede elétrica. A modularidade do design facilita a manutenção e atualização tecnológica, promovendo a economia circular e aumentando a durabilidade do sistema. 

O projeto inclui o desenvolvimento de quatro linhas de colunas distintas, desde modelos básicos até designs futuristas. Estão previstas versões adaptadas para zonas históricas, com uma estética discreta que respeita os contextos patrimoniais, bem como colunas minimalistas e colunas com design arrojado para espaços urbanos modernos. Todas as versões integram funcionalidades como sensores ambientais, processamento local de dados, conectividade em rede MESH, integração com redes 5G e capacidade de comunicação visual e sonora com os utilizadores. 

A operação é liderada pela FISOLA, em consórcio com o Instituto Politécnico de Bragança, a PLA e a TURNPAGE – Engenharia e Fiscalização, Lda., reunindo competências em áreas como engenharia, design urbano, tecnologia de sensores, software e materiais sustentáveis. Esta cooperação multidisciplinar garante uma abordagem robusta e inovadora ao desenvolvimento de soluções que respondem às necessidades emergentes das cidades. 

“Com impacto direto na segurança, sustentabilidade e eficiência das cidades, o SMARTLIGHT visa criar infraestruturas urbanas mais conectadas, inteligentes e preparadas para os desafios do futuro”, conclui Soraia Alves. 

Ao conjugar tecnologia, sustentabilidade e integração urbana, o SMARTLIGHT afirma-se como uma solução de referência para a próxima geração de infraestruturas públicas. Com impacto direto na segurança, eficiência energética, qualidade de vida e conectividade das cidades, o projeto coloca a inovação portuguesa na linha da frente do desenvolvimento urbano sustentável, antecipando os desafios das cidades do futuro. 

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