Inovação em IA é um imperativo estratégico para o futuro da indústria europeia

No âmbito da operação TEXIA, promovida pela Smartex e cofinanciada pelo COMPETE 2030, o Presidente da empresa, Gilberto Loureiro, partilha a sua visão sobre a importância estratégica da inovação e da Inteligência Artificial para a competitividade da indústria têxtil europeia. Neste testemunho, destaca-se o papel decisivo do investimento em tecnologia avançada e do apoio dos programas públicos na transformação estrutural do sector e na afirmação de Portugal como referência na aplicação industrial da IA. 

Nas palavras de Gilberto Loureiro, Presidente da Smartex: 

Num momento em que a Europa debate competitividade, soberania tecnológica e sustentabilidade industrial, há uma certeza que já não admite discussão: investir em inovação deixou de ser opcional — é uma condição de sobrevivência. Para as empresas, para os sectores tradicionais e para o próprio futuro económico europeu. 
 
A indústria têxtil é um excelente exemplo deste desafio. Um sector histórico, altamente relevante para Portugal e para a Europa, mas que enfrenta hoje pressões enormes: custos energéticos, exigências ambientais, escassez de mão de obra qualificada e uma concorrência global cada vez mais agressiva. A resposta a estes desafios passa, inevitavelmente, por tecnologia avançada e Inteligência Artificial (IA). 
 
Investir no desenvolvimento de novos modelos de IA, bem como em métodos e processos mais eficientes para os criar, treinar e escalar, já não é um tema do futuro — é um tema do presente. As empresas que hoje dominam estes modelos conseguem produzir melhor, com menos desperdício, mais qualidade e maior previsibilidade. As que não o fazem arriscam-se a perder relevância de forma irreversível. 
 
Na Smartex, esta convicção traduz-se em ação concreta. Investimos vários milhões de euros por ano em inovação profunda em Inteligência Artificial, aplicada diretamente ao chão de fábrica e às cadeias de produção têxteis. O nosso foco não é apenas criar tecnologia de ponta, mas garantir que esta tecnologia gera impacto real: menos desperdício, maior eficiência, mais competitividade para a indústria europeia. 
 
É neste contexto que programas como o COMPETE 2030 — em particular o projeto TEXIA — assumem um papel absolutamente crítico. Estes instrumentos permitem acelerar o desenvolvimento de novos modelos de IA, otimizar processos de engenharia e investigação, e reduzir o tempo entre inovação científica e aplicação industrial. Mais do que apoiar uma empresa, estes programas fortalecem um ecossistema inteiro de inovação, envolvendo empresas tecnológicas, indústria tradicional, centros de investigação e talento altamente qualificado. 
 
O impacto vai muito além de uma única organização. Projetos como o TEXIA estão a capacitar todo um sector têxtil a dar um salto tecnológico estrutural, posicionando Portugal e a Europa na linha da frente da aplicação industrial da Inteligência Artificial. 
 
Se queremos uma Europa mais forte, mais sustentável e mais competitiva, o caminho é claro: mais investimento em inovação, mais ambição tecnológica e uma colaboração cada vez mais estreita entre o setor público e o privado. A Inteligência Artificial não é apenas uma ferramenta — é um pilar estratégico para o futuro da nossa indústria. 
 
E esse futuro constrói-se agora. 

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