Trata-se de um projeto inovador de investigação que visa compreender como uma app, dirigida a professores e alunos, em contextos de visitas de estudo ao ar livre, poderá ter impacte a nível de: valor educativo; motivação; empenho; aprendizagem autêntica e ao longo da vida; e hábitos de conservação e sustentabilidade.
Trata-se de uma aplicação móvel e inovadora que utiliza Realidade Aumentada, dirigida a professores e alunos, em contextos de visitas de estudo ao ar livre, no âmbito da educação em Ciências.
1. Síntese
Um aspeto crucial para os alunos durante o processo de aprendizagem é a construção de conhecimento, de forma a atingirem um nível de compreensão mais complexo. Competências, tais como a resolução de problemas, o pensamento crítico, analítico e criativo, a colaboração, trabalho de equipa, competências digitais e de comunicação são cada vez mais exigidas nos processos de recrutamento, pelo que as escolas devem ter um papel ativo na preparação dos alunos.
O grande desafio do projeto EduPARK passa por criar estratégias originais, atrativas e eficazes de aprendizagem interdisciplinar em Ciências Naturais, Físico-Químicas, Matemática, História, entre outras. Como? Através da criação de uma aplicação interativa em Realidade Aumentada (RA), com recurso a dispositivos móveis, suportando atividades baseadas em Geocaching, que será explorada por professores e alunos desde o ensino básico ao superior, em contextos de atividades ao ar livre, com potencial de utilidade também no domínio do turismo/público em geral.
O projeto recorre a reconhecimento de imagens em Realidade Aumentada, despoletando conteúdos sob a forma de texto, áudio, vídeo e mesmo imagens em 3D, e ainda localização por GPS, combinando o mundo real com o virtual, através de atividades baseadas na prática do Geocaching.
O contexto físico trata-se do Parque Infante D. Pedro, em Aveiro, que tem uma rica diversidade botânica e património histórico.
Pretende-se assim compreender como uma aplicação móvel e inovadora utilizando Realidade Aumentada, dirigida a professores e alunos, em contextos de visitas de estudo ao ar livre, poderá ter impacte a nível de: (a) valor educativo; (b) motivação intrínseca; (c) empenho; (d) aprendizagem autêntica; (e) aprendizagem ao longo da vida; e (f) hábitos de conservação e sustentabilidade.
2. Execução
Em declarações ao COMPETE 2020, Lúcia Pombo, coordenadora do projeto na Universidade de Aveiro comenta que «o projeto EduPARK, que já se encontra no segundo ano de desenvolvimento, conta com 15 investigadores das áreas de Educação, Biologia e Informática, integrando três bolseiros de investigação com dedicação exclusiva.
Durante o primeiro ano, o projeto criou uma aplicação para dispositivos móveis em Realidade Aumentada (RA) para exploração educativa do Parque Infante D. Pedro, em Aveiro. A aplicação inclui um quiz interativo e desafios educativos, sob a forma de jogo, que mostram conteúdos em RA, através do reconhecimento de imagens em placas metálicas a instalar no Parque. A aplicação integra já três guiões didáticos dirigidos ao: a) 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB); b) 2.º e 3.º CEB; e c) visitante do Parque (público em geral). A mascote criada para o EduPARK é uma Macaca (pois o Parque Infante D. Pedro é conhecido vulgarmente como o Parque da Macaca) que guia o utilizador ao longo do percurso do jogo, dando feedback imediato logo após cada resposta certa ou errada, o que diverte ao mesmo tempo que ensina o utilizador.
Para além disso, o projeto também criou um website de divulgação (http://edupark.web.ua.pt) com informação sobre as atividades desenvolvidas, publicações e notícias. Adicionalmente, foi publicado um livro (http://edupark.web.ua.pt/#book), em junho de 2017, que constitui um guia de exploração das dimensões histórica e botânica do Parque. O facto de ter sido totalmente financiado por fundos FEDER/FCT permitiu a sua distribuição gratuita pela comunidade escolar que tem participado nas atividades do projeto, assim como pelo público interessado na temática.
O projeto está a iniciar o seu segundo ano de desenvolvimento, prevendo-se: a) a criação de mais um guião didático, dirigido para o Ensino Secundário e Superior; b) a instalação de placas metálicas com imagens de RA, após aprovação da Câmara Municipal de Aveiro, essenciais à utilização da aplicação; c) a implementação, monitorização e avaliação de atividades de exploração didática do Parque, destinadas a alunos e professores de todos os níveis de ensino, assim como, a grupos de visitantes.
Espera-se que o apoio financeiro permita que o EduPARK venha a ter um forte impacto no ensino formal, com recurso a metodologias inovadoras, através do envolvimento de alunos e professores de todas as regiões do país. Espera-se também impacto ao nível do turismo, ao proporcionar ao público em geral uma aprendizagem informal, pois o visitante poderá aprender de forma interdisciplinar enquanto usufrui de um agradável passeio pelo Parque.»
3. Resultados Esperados
A principal expetativa é que a combinação da tecnologia que é familiar aos alunos, juntamente com práticas de ensino em ambientes ao ar livre, permita potenciar as aprendizagens que deixam de ter lugar exclusivamente em sala de aula e se movem para espaços que os alunos exploram fisicamente, estabelecendo ligações com os conteúdos curriculares e com os colegas que com eles os partilham.
Espera-se que este projeto revele boas práticas educativas, onde se valorizam as interações digitais e sociais através da utilização de tecnologia inovadora, combinando os mundos real e virtual, o que poderá desencadear novos desafios, alargar horizontes e oportunidades para a Educação, em particular a Educação em Ciência, não só em Portugal, mas também no estrangeiro, fornecendo quadros de referência teóricos e práticos que possam ser úteis noutros ambientes naturais.
4. Apoio do COMPETE 2020
O projeto EduPARK, promovido pela Universidade de Aveiro foi cofinanciado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT) e contou com um investimento elegível de cerca de 199 mil euros e um incentivo FEDER de 169 mil euros.
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